domingo, 14 de novembro de 2010

Ali


Você não sabe nadar. Mas tem pela água um fascínio inexplicável. Gosta de ler sobre isso, admirar fotos, faz o que pode (e até o que não pode) pra poder ver de perto, quando isso é possível. Um belo dia você encontra uma imagem que te chama atenção. Não dá pra saber se é um lago, uma parte de um rio ou mar. Mas é água, é bonito e você gosta do que vê. Tenta saber tudo o que pode sobre aquele lugar e quanto mais conhece, mais te agrada. Divide com seus amigos a descoberta e não consegue esconder deles o quanto aquela paisagem te encanta. Bem intencionados, eles te avisam pra não se arriscar, pra evitar chegar muito perto. Afinal, sem saber nadar, você tem tudo pra se afogar. Mesmo assim, você decide ir até lá e ver pessoalmente todo aquele azul. Vou tomar cuidado - você promete. Não há como resistir, você precisa chegar mais perto. Ao se aproximar você sente a brisa, o cheiro, arrisca até um dedinho na água. Não é muito diferente da imagem que te levou até lá, só que de perto se consegue ver os detalhes. Você descobre que é mar. Hora calmo e de água transparente, te atrai. Hora agitado e de ressaca, te assusta. Você fica um tempo a admirar a paisagem. É tão lindo, tão sedutor. Dá até vontade de mergulhar naquele mar. Você achou aquilo que tanto procurava, você quer se manter por perto, sente que vale a pena fazer isso. Mas aí você  lembra que não sabe nadar, está ciente do perigo, sabe que pode se afogar. Decide manter uma distância segura. Afinal, se você não for até lá, o mar é que não virá até você. Mas nada te impede de continuar a olhar, querer, sonhar. Já que você não pode ter, te resta ficar imaginando.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Meu galêgo!


Marilyn - Sandy & Junior

Me lembro bem, você chegou pra nós
E fez modificar a nossa vida
Você cresceu, ganhou o nosso amor
E se tornou nossa melhor amiga
Todo dia de manhã, você vinha me acordar
Os seus olhos eram sua voz
Me chamando pra brincar

Foi demais
Esse tempo que viveu aqui
Mas a vida é sempre um vem e vai
Por que tudo tem que ser assim?
Dói demais
Descobrir que o sonho teve fim
Quanta falta você nos faz
Marilyn

Com o tempo, eu sei, iremos aceitar
Mas nada vai mudar o que você deixou
Você se foi, mas vamos lembrar
Do seu jeitinho doce que nos conquistou
Hoje existe em seu lugar o vazio da solidão
Mas pra sempre você vai morar
Em nossos corações

Quando eu tinha uns 5 ou 6 anos chorava feito uma doida toda vez que ouvia essa música. Hoje, aos 23, sinto cada palavra dela como se eu a tivesse escrito. Tá doendo tanto, é uma saudade tão grande, uma tristesa... Só dá pra chorar. Ainda amo tanto... 

terça-feira, 26 de outubro de 2010

eu-literário

No lixo




Na fila do banco, ela impaciente esperava sua vez de usar o caixa eletrônico. Enquanto isso tentava encontrar dentro da bolsa o celular que tocava insistentemente. Acabou por derrubar sua agenda e não conseguiu achar o bendito aparelhinho tremulante a tempo de atender a ligação.

No banco ele preenchia um envelope com seus dados para um depósito. Ao dirigir-se ao caixa achou graça da procura quase que desesperada de uma moça por algum objeto dentro de sua bolsa. Viu quando a mesma derrubou um dos inúmeros itens daquele acessório feminino sempre tão recheado de coisas, e aproximou-se pra tentar ajudá-la.

-Ai que ódio dessa bolsa. - ela pensou alto.
-Sua agenda, moça! - disse ele, entregando-lhe a agenda e todos os papéis que caíram dela.
-Ah! obrigada. Nem tinha percebido que tinha caído. - agradeceu, um tanto indiferente a gentileza, e continuou pensando alto -Acho que preciso mesmo de uma bolsa maior.
Ele tentou disfarçar o riso.
-Qual a graça? - perguntou, contrariada.
-Nada. - respondeu ele, ainda sorrindo.
Ela também sorriu, quase que sem querer.
-Você fica muito mais bonita assim, sorrindo! - continuou ele, deixando-a com as bochechas vermelhas.
Ela nada conseguiu dizer.

A fila andou com uma rapidez rara em dias de fim de mês. Sem mais. Movimentações bancárias feitas, seguiram cada um seu destino. Ela despediu-se com um aceno discreto, ele respondeu o cumprimento com mais um sorriso.

Dia corrido, muitas coisas a resolver ela tinha. Mesmo assim, se distraía lembrando do rapaz do banco, do elogio que recebera, do sorriso que ele estampava no rosto e que a contagiou, não só naquele instante mas durante todo o dia. Sentiu uma pontinha de vontade de vê-lo de novo. Mas como nunca fez o tipo sonhadora, acabou por aceitar o fato de que nunca mais o encontraria.

Passaram-se os dias. Mais uma vez estava ela revirando sua bolsa, dessa vez procurando a chave do carro. E de novo a agenda foi ao chão e de dentro dela caiu um pedaço de papel. Nele havia um número de telefone e um nome: Rafael. Irritada com o fato de não conseguir encontrar nada em meio a tanta bagunça, ela não percebeu que no verso do tal papelzinho havia desenhado um rostinho feliz, jogou-o de volta na bolsa.

Chegando em casa resolveu por, finalmente, organizar suas coisas. É incrível como em bolsa de mulher tem de tudo um pouco. Tirou aquilo que achava desnecessário carregar, jogou fora embalagem de bala, nota fiscal de compra, panfleto de propaganda, extratos bancários e o papel com o nome, o telefone, o sorriso... Jogou no lixo, sem querer, o amor.

[Meu primeiro, último e único post naquele que deveria ter sido um lugar pra eu brincar de escrever 'mentirinhas' - já que por aqui eu só falo de coisas da minha vida real. Não vingou meu projeto paralelo... Antes um blog deletado que um espaço abandonado. Prefiro ficar apenas cá com meus botões.]

domingo, 17 de outubro de 2010

Por onde andei...

Estranho seria se eu não me apaixonasse...

Pq vc tem o sorriso mais lindo que eu já vi.
Pq vc toca violão e canta pra mim enquanto eu lavo os pratos.
Pq a sua mãe disse que a minha lasanha eh a melhor.
Pq vc me liga só pra saber se eu tô bem.
Pq vc pede desculpas do jeito mais encantador que existe de fazê-lo.
Pq vc me deixa sem jeito e sem saber o que dizer.
Pq vc esquece de tudo o tempo todo mas disse que nunca vai esquecer de mim.
Pq desde a primeira vez que o vi eu sabia que um dia isso ia acabar acontecendo...
Uma vez vc me perguntou que tipo de música eu gostava de ouvir.
Hoje eu posso dizer com toda certeza do mundo:

"Meu som favorito eh vc!"

S2

[Escrito em 10/04/2008, guardado no meu e-mail desde então, nunca antes publicado]
 
Na época que eu escrevi esse texto eu pensei em postá-lo no meu fotolog, junto com uma foto da minha "inspiração" que eu acho linda. Mas resolvi esperar o desenrolar dos acontecimentos pra fazê-lo. Não é que fosse segredo, nunca foi. O encantamento por ele tava mais que estampado na minha cara - eu não precisava de uma declaração por escrito e ilustrada do meu sentimento.
 
Hoje ele me disse que vem por aqui vez em quando, até comentou em um dos meus escritos. Já escrevi algo pra ele também e me deu vontade de dizer que um dia ele me serviu de inspiração. Por isso, depois de tanto tempo, resolvi divulgar essas palavras guardadas que eu já nem lembrava de ter escrito. Ficou bonitinho, né? Nem parece que fui eu que escrevi. 
 
"isso é pq vc escreve oq esta sentindo no momento, aí depois, quando lê com um sentimento diferente estranha". [palavrasdele]

O sentimento mudou, muitas coisas mudaram. Mas ele continua sendo alguém muito especial pra mim.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Detalhe

Ele tinham mania de me olhar e dar uma piscadinha. Desde sempre. Mesmo antes da gente ser "a gente". Fazia parte daquela fase gostosa da conquista. Eu me derretia toda. Ele me conquistou. Depois de mais de um ano juntos ele continuava a repetir o gesto e me fazer sentir aquela coisa que eu não sei dizer o que é (e que eu nunca mais senti igual). Fazia parte do "nós". Ele me reconquistava a cada demonstração de afeto, por mais simples que fosse. Um dia, após uma dessas piscadinhas, ele me perguntou: "Pq vc fecha os olhos toda vez que eu pisco pra você?" Eu nunca soube responder...

Muita coisa mudou, ele já não me olha mais como antes e meus olhos não respondem mais quando ele sorri. Ele me perdeu, eu o perdi. "A gente" se perdeu. Mas vez ou outra ainda me lembro daquela discreta expressão de carinho e cumplicidade tão nossa. Acho que essa é a resposta: eu fechava os olhos pra não esquecer! Pra tentar guardar pra sempre os pequenos gestos que faziam dele alguém tão especial pra mim.

Acho que deu certo...

sábado, 9 de outubro de 2010

Mudando (??)

"Muitas vezes chega a esquecer os seus mais caros interesses, o repouso e a segurança, pelo amor que tem à mudança e pela mania de novidade ou das coisas extraordinárias."

[Jean de La Bruyére]

terça-feira, 28 de setembro de 2010

10 coisas que eu odeio em mim

1. Nada me incomoda mais do que a tal da indiferença mesmo sendo eu a pessoa mais indiferente que conheço.

2. Posso morrer de amores hoje e amanhã nem querer saber. Não adianta tentar entender, nem eu sei pq que isso acontece.

3. Sofrer não faz meu estilo e amar demais muito menos. Deve ser por isso que ando sempre sozinha.

4. Odeio receber ordens e dar satisfações. Me irrita quando me dizem o que tenho que fazer quando eu sei o que tenho que fazer.

5. Quando digo não é não, e posso até mudar de idéia. Mas se eu não der uma explicação convincente, nem adianta insistir em me fazer perguntas. A resposta certamente é algo nada agradável de ouvir.

6. Fico insuportável quando tô com sono e muito irritada se me acordam quando eu ainda tenho mais 5 minutos.

7. Sentimentos com prazo de validade nunca foram o meu forte.

8. Me esqueço de tudo. E quando eu digo tudo é tudo mesmo.

9. Ou eu gosto de alguém ou não gosto. Nem adianta tentar me conquistar. Não vou me apaixonar por flores, joias ou bombons. Nada de ligações ou mensagens insistentes, o máximo que algém consegue com isso é me deixar com nojo. É perda de tempo, dinheiro e saliva.

10. Eu não tenho coração.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Posso te dar meu coração?*

Não falo do sentimento implícito na expressão, tão comumente usada pelos poetas. Quero te dar meu coração literal, o músculo de carne viva que bate dentro do meu peito. Não tenho dois corações, é verdade! E metado do que tenho é pouco pra te oferecer. Mas se você disser que quer eu te dou o que tenho por completo, inteirinho só pra você.  Ele não me é mais últil. De que me vale a vida diante do fato de não poder te ter? Não, meu amor, não falo de morte. Quero viver em você! Te acompanhar aonde quer que você for. Estar junto contigo em cada momento, dividir toda emoção. Quero que sinta assim igual a mim, esse amor tão grande que te tenho. Já vivi muito tempo sozinha. Uma vida inteira eu tive só pra mim e agora eu a quero te dar. Deixaremos assim de ser somente eu e você, tão longe um do outro com vidas tão egoistamente distintas, dois corações a bater solitários. Se no teu peito o meu estiver a palpitar seremos nós, enfim juntos, seremos um!

[Inspirado na obra de Ganymédes José]

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Música nova, sentimento antigo!

♪♫Você já percebeu que quando eu te vejo, eu perco o chão
Que o simples fato de te ouvir
me faz perder toda razão

Quando você chega
Minha mão transpira, minha mente pira
Eu já não sei o que fazer
Já vi que esse lance tá ficando chato
Pois até meus atos não consigo mais conter

Não ligo se você nem tá ligando
Nem tão pouco se importando
Mesmo assim vou te dizer

Já dei tempo ao tempo
Mas o tempo não me ajuda
Se tento te esquecer, só faço te querer
Tá no meu pensamento
Sentimento que não muda
Tô louco pra te ver
Só quero amar você ♪♫

[Tempo Ao Tempo - Jorge e Mateus]

Tudo mudou, nada é mais como antes, ou melhor, quase nada. Eu sei, eu tenho certeza que acabou. Mas as canções insistem em continuar cantando vc pra mim, ainda sinto muita saudade "da gente", eu continuo escrevendo pra vc. Quando é que isso vai passar?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Eu vou!

Só se acontecer alguma coisa muito ruim ou se Deus não quiser mesmo eu deixo de viajar ano que vem!

Amém.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Singular de um sentimento coletivo

Tem gente que entra na minha vida num sei pra quê. É muita injustiça comigo, chegar de repente, se fazer importante por tudo pra depois... nada. Levando sempre consigo a presença mas deixando todo o resto - as lembranças, as canções, os momentos, o sentimento. Esse último é o que mais incomoda pq dele faz parte todo o resto, que é bom, que faz falta, que não é possível apagar. Pior é não conseguir odiá-lo, só querer de volta cada sorriso. Ruim é não ter notícias, só recordações. Doída não é a ferida que fica, só a cicatriz que nunca me deixa esquecer. Cada gesto de carinho me faz achar que vale a pena cada instante de saudade. Mas eu talvez não valha nada pra ele, nem ao menos a lembraça por um motivo qualquer. Será que só eu sinto? Perguntas sem resposta costumam me perturbar mais que qualquer outra coisa. Como não fazer mais parte da vida de alguém que é uma parte de mim? Eu continuo te amando, queria poder mostrar que é assim, algumas coisas mudaram mas eu ainda tô aqui. E o que custava você também estar?

"Talvez a gente não tivesse futuro, mas ainda tinha um pouquinho de presente."

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Somebody Out There

Ainda quero acreditar que em algum lugar existe alguém que vai me provar que esse tal de amor existe.

♪♫ Sitting all alone in your room
Thinking that the world's let you down
All you ever wanted to do is trust
Someone to always be around

You've had a lot of lessons to learn from
Some of them hit you so hard
And I keep believing someday you'll see
You don't have to be alone

[Chorus]
There's somebody out there, somebody somewhere
To show you the tenderness you need
Somebody to hold you, when worries control you
I'd give anything, if only you knew it was me

I've been watching you go through
All of these things for a while
There's gotta be a way to bring you back
'Cause it's worth when you smile

It doesn't have to hide you forever
It doesn't have to last too long
If you're wondering where to turn to
I hope that you know...

[Chorus]
There's somebody out there, somebody somewhere
To show you the tenderness you need
Somebody to hold you, when worries control you
I'd give anything, if only you knew it was me

I wanna be there when you're in need
I would never be long, if you were waiting
When you're gonna see?
If you could only see

[Chorus]
There's somebody out there, somebody somewhere
To show you the tenderness you need
Somebody to hold you, when worries control you
I'd give anything, if only you knew it was me

Anything at all
I think it's time that you knew it was me ♪♫

[David Archuleta]

domingo, 15 de agosto de 2010

Mordendo de ciúmes

Todo mundo tem alguém com quem estar, ou seja, ninguém tem tempo pra mim. E quem talvez poderia ter tá fora do meu alcance. Nunca fiz a linha egoísta, não ligo em dividir. O ruim é sentir que eu sempre tô aqui pra todo mundo, pronta pra a qualquer hora fazer parte de um trio e nunca ser eu o par de alguém. Domingo é o dia mais deprimente. Fico feliz por ver as minhas amigas muito bem acompanhadas, só que hoje eu chorei por não ter mais como antes a companhia delas, nem a de ninguém.

Carente não, pão! Ou melhor, macaxeira. Eu queria panqueca.

sábado, 14 de agosto de 2010

I hate boys, yeah!

♪♫ I hate boys, but boys love me
I think they suck and my friends agree
I hate boys, but boys love me
Yeah, yeah, yeah, yeah
I hate boys ♪♫

[Christina Aguilera]

domingo, 8 de agosto de 2010

Penso,

logo desisto!

Descartes que me perdoe por traduzir livremente sua expressão do latim. Pensar dificilmente me faz existir, em contrapartida o desistir é fato. Se eu paro pra raciocionar bem a respeitos dos meus desejos eu logo mudo o meu querer. Abro mão, deixo de lado, passo vontade mesmo. Até tentei adotar uma conduta diferente nesses últimos tempos e cheguei a conclusão que eu já tinha desde sempre: deixar certas coisas na imaginação torna tudo melhor, mais bonito. Viver intensamente nunca foi o meu forte. Prefiro o "lindo mundo da imaginação". A realidade quase nunca supera as minhas expectativas e quando supera... enfim! Deixa pra outro lamento esse assunto.

sábado, 7 de agosto de 2010

Calculando


Eu resolvi não querer mais me apaixonar. Aquela vontade infinda de atenção e cuidado tava me sufocando. Mas se antes eu reclamava da falta de opção, ultimamente andam me aparecendo tantas possibilidades que eu tô me sentindo tonta. Não, eu não tô me achando "a gostosa", nem me sentindo mais bonita ou interessante. Na realidade a estatística é a grande culpada disso, pode ser também a proporção, no fim é tudo matemática. E talvez por isso é tão, sei lá, sem poesia. No mundo dos números falta o lado mais interessante do sentir. A exatidão da matemática faz sempre 1 + 1 = 2.  No amor as equações são muito mais complexas, os cálculos são muito mais cheios de sonhos, imaginação e música. Nunca fui boa com as exatas, no mundo das humanas sempre me dei muito melhor, embora hoje faça parte mesmo é da saúde. O ruim é que não existe uma dieta pra perder carência, nem é essa condição resolvida com um cálculo de IMC ou com a equação de Harris & Benedict . É aí qua nada tá resolvido, que a questão não é só a minha vontade, a minha carência ou os partidos disponíveis. Posso ignorar o que me mandou flores, dispensar aquele que me deu jóia e bombons e deixar de atender os telefonemas do sem noção. Posso também gritar aos quatro ventos que não quero nada com ninguém, que é melhor ficar sozinha e que eu não sirvo pra namorar. E mesmo em meio a tudo isso descubro que ainda posso me render frente a um convite pra dançar, um abraço que me tira os pés do chão, ao carinho espontâneo de um menino do sorriso bonito. Mas eu ainda continuo resolvida a não querer me apaixonar. Eu + querer = Poder (??)

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

No mundo dos "trouxas"

Era uma vez um menino. Tinha o sorriso tímido e um brilho único no olhar. Quando se observa na luz com cuidado, seus olhos se revelam verdes, mel, mel esverdiado ou seria verde melado? Ele usava óculos, parecia cdf. Mas jurava de pé junto que só tinha a cara de intelectual, lhe faltava a inspiração nos estudos.

Era uma vez uma menina. Tinha um jeito independente e um sorriso estampado no rosto o tempo inteiro. Adorava conhecer gente nova e jurava que nunca mais na vida queria saber dessa história de se apaixonar. Ela tinha lindos cabelos castanhos e olhos que combinavam perfeitamente com eles.

Era uma vez uma cidade bem pequena. Onde todo mundo se conhecia e frequentavam sempre os mesmo lugares. Cheia de luzes e bancos de praça, decorada com pedras de azulejo e plantas, muitas flores. Lá fica fácil das pessoas se encontrarem.

Era uma vez um encontro. Ela estava ali por acaso, ele tava lá como de costume. Eles poderiam nunca ter se conhecido, mesmo conhecendo um monte de gente em comum. Ela achou ele uma graça. Pra ele, ela era apenas uma menina legal. Ela que não tava nem aí viu no menino alguma coisa que não sabia o que era. Ele nem reparou.

Era uma vez uma turma legal numa noite de terça, na mesma bate hora, no mesmo bate local. Ela sem querer queria. Ele nem se quer notava. Os amigos fizeram acontecer. "Ela tá afim de vc!" Ele: "Será? Vamo vê!"

Era uma vez uma conversa entre duas pessoa sem muito jeito pra coisa. Futilidades em pauta. Futuro, faculdade, photoshop. Entre uma e outra troca de olhares e sorrisos envergonhados, o silêncio. E um sim trouxe a tona o assunto. "É verdade o que me disseram?" A menina: "Num sei, o que te disseram?" O menino: "Vc sabe!" Ela: "Eu te acho uma gracinha!" Ele: "Vc é paciente?"


Era uma vez a história de uma amizade que tá só começando.

domingo, 1 de agosto de 2010

Liberdade

Não existe melhor sensação. Sou livre. No rádio a trilha sonora perfeita pro momento. Aumento o volume e começo a querer acompanhar em igual tom. Sinto como se pudesse voar. Atenção. A linha do horizonte me mostra o infinito. Eu posso ir até lá, posso chegar onde eu quiser. Quatro asas e nas mão o poder de direção. Posso fugir. Perigo. Nada de velocidade máxima, só curtir a vista e seguir. Pensar. Estou só, mas não é ruim. Momentos assim só mostram o quanto a solidão, vez por outra, é quase que necessária. Sentir. Não é um momento pra ser coletivo, compartilhado, dividido. Sou eu comigo mesma e Deus, só. Dirigir. Minhas viagens viraram meu momento favorito, a estrada meu lugar de refúgio, o carro meu companheiro. Conquista.

sábado, 24 de julho de 2010

Diz que fui por aí...

"Por que os meus olhos só querem ver o que
Não devo olhar, eu não quero ver?
Por que que os meus pés só querem ir
Onde não devo andar, eu não quero ir?

Não quero, mas isto é o que somos nós

Por que num momento eu amo e depois
Simplesmente não, eu não quero mais?
Por que que com uma das minhas mãos eu dou
E com a outra mão eu quero tirar?

Não quero, mas isto é o que somos nós

O bem que eu quero
Esse eu não faço
O mal que não quero
Persegue os meus passos

Por que é difícil manter o alvo e
Fácil se perder, querer desistir?
Por que que ao ver o mundo se afundar
Eu não estendo a mão não quero ajudar?"

[Meus Passos - Oficina G3]

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Sem coração

Ando muito perdida. Acredito que a minha carência excessiva anda me fazendo alguém que só consegue olhar pro próprio umbigo. Tento suprir esse vazio buscando por atenção e ao mesmo tempo não consigo corresponder da mesma forma. Tenho a impressão de que tô conseguindo fazer o mundo de alguém girar em torno de mim e me sentindo culpada por não fazer o mesmo. O meu mundo continua sendo só meu e por mais espaço que eu pareça estar conseguindo ganhar na vida dos outros ninguém ta conseguindo fazer o mesmo comigo. Continuo me sentindo só mesmo tendo mais gente do que de costume por perto. Nem tem muito tempo alguém conseguiu fazer diferente e não fez por onde continuar ocupando um espaço que conquistou e saiu, deixando o lugar vazio. Foi como um meteoro. Não foi fácil me abrir pra alguém de novo e quando resolveu acontecer foi do jeito errado, com a pessoa errada. Sem arrependimento algum, confesso. É incrível a minha capacidade de viver o pior e não sentir isso. Pela primeira vez na vida me permiti não passar vontade. Joguei aberto. Mesmo sabendo o que ia acontecer. Eu devo ter mesmo uma atração pelo perigo, uma coisa que me faz achar que o proibido é mesmo mais gostoso. O correto não me atrai, as coisas certas não me chamam a atenção. E logo eu vista como a “toda certinha”, acabo vendo o melhor dos piores. Meus sapos nunca viram príncipes e meus sonhos acabam sendo mesmo pesadelos. Justo agora que eu queria me acertar, que achava ser a hora certa de viver uma história de verdade, o melhor momento pra viver um grande amor. Vejo a minha vida dando voltas muito doidas, as coisas acontecendo muito rápido e eu me sentido perdida em meio a tantos acontecimentos. A vida tá me deixando tonta, inquieta e, em momentos súbitos, de certa forma, encantada. Como na canção. Num momento “estou” no outro “não mais”. Odeio magoar os outros mas é isso que ando fazendo e com uma freqüência fora do comum. Tentando me encontrar tô perdendo muita gente bacana por aí. Acho que é melhor mesmo eu ficar sozinha. Não consigo ser de ninguém. Não mais. Alguma coisa dentro de mim morreu - não existe condição mais definitiva que defina essa minha incapacidade de gostar de verdade de alguém que mereça. Deve ser porque eu não mereço. O amor é uma dádiva, um dom. Não é pra todo mundo, não serve pra qualquer um, não foi feito pra mim. Me resta a conformação e o fato de não simplesmente estar mas ser só.

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Podia ser?!?

"Me traz você, por favor. Me traz e leva embora todas essas coisas chatas que só servem para ocupar minhas horas enquanto você não chega."

sexta-feira, 9 de julho de 2010

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Leve essa música, me traz um sorriso!

♪♫ A gente passa a entender melhor a vida
Quando encontra o verdadeiro amor
Cada escolha uma renuncia isso é a vida
Estou lutando pra me recompor

De qualquer jeito o seu sorriso
Vai ser meu raio de sol
De qualquer jeito o seu sorriso
Vai ser meu raio de sol

O melhor presente Deus me deu
A vida me ensinou
A lutar pelo que é meu
O melhor presente Deus me deu
A vida me ensinou
A lutar pelo que é meu

Então deixa eu te beijar
Até você sentir vontade de
Tirar a roupa
Deixa acompanhar esse instinto
De aventura
De menina solta
Deixa a minha estrela orbitar
E brilhar no céu da sua boca
Deixa eu te mostrar
Que a vida pode ser melhor
Mesmo sendo tão louca
 
De qualquer jeito o seu sorriso
Vai ser meu raio de sol
♪♫

sábado, 3 de julho de 2010

segunda-feira, 28 de junho de 2010

Proibido pra mim

Ao meu (ex?) leitor favorito

Será que eu posso sentir saudade de você? Faz tanto tempo... Sei que você não sente igual, nem ao menos parecido. Mas hoje não te ter na minha vida me incomodou. Bateu uma sensação de vazio imensa e uma vontade incontrolável de te dizer um monte de coisa que eu nunca te disse. Não por falta de vontade, nem por ausência de sentimento. A verdade é que a dona da legenda aqui, perdia toda a eloquência quando olhava nos teus olhos. Você, como poucos, ou melhor dizendo, de um jeito único, conseguia me deixar literalmente sem argumento, muda, desarmada. Agora, e já por um bom tempo, você não tá mais aqui, talvez nunca mais esteja. Mas eu ainda tenho a minha arma - nada secreta - de longo alcance. Sempre me vali desses artifícios tecnológicos pra fugir do teu poder de me calar. Por mais que o tempo passe, tudo continua igual, nisso e em um monte de outras coisas. E mesmo oscilando entre o amor e o ódio, a constância do meu sentimento vai além dos dois extremos. Faz falta o amor. No calor do teu abraço encontrei meu encaixe perfeito, o lugar seguro, a fuga do medo. Era incrível como, apesar de tudo, do teu lado eu conseguia sentir como se tudo fosse possível. Só te ouvir era bom. Ao telefone ou ao pé do ouvido, cantando pra mim ou encantando todos a nossa volta. Teu cheiro, o carinho, teu toque, o beijo. Tão inexplicavelmente perfeito em meio a tanta incompatibilidade. Faz falta o amigo. Nossos papos descompromissados, resenhas, besteiras. Os textos temperados com ironia, desabafos, relatos do nosso dia a dia. Dava pra fazer um parte do cotidiano do outro, mesmo estando sempre longe. Até mais do que muitos dos que estavam próximos. Fisicamente ausente, em pensamento muito mais que perto, junto. Éramos cúmplices, suspeitos de um crime perfeito, pra ser sincera! Faz falta a pessoa, a presença, o par. Mesmo que seja outra palavra com "p" que intitule a nossa história. Fui encontrar o que me falta justamente em quem não posso ter. Embora eu possa dizer que já tive e sei como é bom ter você. E fazendo uso de palavras tão repetidamente usadas, posso afirmar que até esse exato momento em minha vida, antes e depois de você os outros são só os outros, e nada mais que isso. Não é possível me contentar com menos, se com você eu descobri exatamente como tem que ser. Te perdi por minha culpa, meu medo, minhas escolhas. Por culpa da vida. Me assusta a idéia de nunca mais sentir isso de novo. Não conseguir me encontrar em mais ninguém. É fato que o teu afeto me afetou. E por mais que pareça, essa não é mais uma declaração do meu amor, nem um apelo desesperado fazendo a linha "te quero de volta", muito menos é mais uma tentativa de aproximação ou de despedida. Prefiro dizer que estas são apenas palavras que  talvez não façam muito sentido mas tentam traduzir um sentimento que existiu de uma forma intensa, escritas por alguém que gostava de te fazer ler um monte e te ouvir dizer que foi como se fosse só um pouquinho. Mesmo que os meus textos não sejam mais os teus favoritos, eu queria saber que você ainda me lê. Pra te falar que mesmo depois de tantos dias, estradas e luas tu continuas sendo a fonte de inspiração dos meus melhores escritos. Te agradecer por todos os sorrisos e borboletas. Me desculpar por não ser o melhor pra você quando eu podia ter sido. E te pedir pra ficar bem e ser feliz pra sempre.

Baixinha Methida

P.S.: O melhor é deixar tudo como está e continuar só daqui pra frente.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

A fila anda...

...agora, na velocidade da luz!

A vida apronta umas coisas meio doidas com a gente. Dia desses eu tava rindo ao telefone enquanto ouvia uma história absurda de um namoro que durou tanto quanto um feriadão. Nunca pensei que hoje eu ia estar rindo - pra não chorar - de uma história tão semelhante e que tá acontecendo comigo. É isso aí! Com a mesma velocidade que ele entrou, saiu da minha vida. Estranho mas não surpreendente. A minha impressão de que não ia durar tinha mesmo fundamento. Parece até que eu fiz de propósito, só pra tirar a prova de que não tinha como dar certo. Talvez tenha sido melhor assim. Talvez nada, foi melhor mesmo. A sensação é ruim mas ao mesmo tempo de alívio. Tão rápido, intenso e só. Durou tão pouco tempo que acabou!

"Não deu certo a gente tentou
(...)
não tinha sentido o que aconteceu
foi tempo perdido entre você e eu..."

[Forró do Muído]

P.S.: Agora você que é homem, pode me explicar o que aconteceu, Maurício? =p

domingo, 13 de junho de 2010

'A' de abraço



Tem dias que eu só preciso de um abraço. Não é qualquer abraço, é aquele abraço. Onde eu encaixo direitinho, me sinto segura, onde sei que sou parte inteira de um todo de dois. Faz tanto tempo que tantos dos meus dias tem sido assim, carentes desse tipo de abraço. A falta é fato. Só que maior é o meu medo de me deixar envolver e me sentir assim num abraço que não é meu, que não pode ser meu. Ando tentanto, dando uma de doida, mantendo uma distância segura. Mas tá difícil me mostrar indiferente mediante a intensidade dos fatos, a insistência do mesmo, a beleza dos olhos...

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A.M.

"Ai que vontade de mergulhar nesse mar que são teus olhos verdes - pensei."

terça-feira, 8 de junho de 2010

Saiba

"Mande um buquê de rosas, rosa ou salmão
Versos e beijos e o seu nome no cartão
Me leve café na cama amanhã
Eu finjo que eu não esperava
Gosto de amor fora de hora
Lugares proibidos com você na estrada
Adoro surpresas sem datas
Chega mais cedo amor
Eu finjo que eu não esperava..."


[Lugares Proibidos - Adriana Calcanhoto]

terça-feira, 1 de junho de 2010

Gostinho de Junho

O inverno finamente resolveu chegar no meu mundo onde só existem duas estações. Verão interminável me parecia este, até que por fim a temperatura resolveu amenizar por aqui.  Me trazendo o melhor mês do ano, minha velha conhecida estação predileta. É mês de junho, sempre o meu favorito! Tempo nublado, chuvinha fina, dia preguiçoso. Vontade única e reinante de ficar mais tempo na cama e obrigações que me impedem de fazê-lo. Ai que saudade do tempo em que essa época do ano enchia a minha vida de uma ansiedade boa pelos festejos típicos, sem outras preocupações sérias. As noites frias com fogueiras acesas por todas as partes, os ensaios de quadrilhas, o anúncio de novidades na cidade. Chega a ser mágico como certas ocasiões anuais transformam a rotina de cidades do interior. Fica tudo tão iluminado, tão cheio de sons, de gente, de vida! Quem dera todo dia fosse dia  de meio de ano, todos os meses fossem de animação e folia saudável. Sem precisar ter motivo pra comemorar, tendo apenas o prazer de viver como desculpa pra festejar! Como eu queria que todo frio acabasse num abraço quentinho e todo dia 12 fosse dos namorados. Minha vontade era poder  transformar todas a minhas saudades em presenças e todos os meus sonhos em realidade. Essa é a melhor época do ano pra isso, sempre foi!

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Nossa língua portuguesa


Usar sempre a primeira pessoa do singular é uma constante em minha vida já tem tanto tempo que desisti de prestar atenção a esse detalhe. Os dias passam, cada um com a sua respectiva velocidade - é incrível como tem dias que conseguem ser tão longos e outros tão mais curtos que outros - e não dá pra dizer se isso é bom ou ruim. Mas dá pra ver, e ter certeza, que a vida continua, pra ele e pra mim. Pra nós, não mais. Ele foi o meu único terceira pessoa, do singular, oficial. No entanto, a falta da sua pessoa em si, não me incomoda há tanto tempo quanto eu deixei de prestar atenção no passar das horas. Sinto falta de outra primeira pessoa, a do plural, do ser "a gente". Eu uma parte de dois. Ter um sentimento coletivo, uma história pra ser contada junto. Ser só sua e ele unicamente meu vivendo algo só nosso - assim cheio de pronomes possessivos mesmo. Só quero o coletivo no singular de nós, junto com a exclusividade no plural do meu.

terça-feira, 25 de maio de 2010

Choices

Nunca gostei de fazer escolhas, acho que não sou boa nisso. Sinto que sempre acabo por ficar no prejuízo quando tenho que optar por algo. Eu queria mesmo era poder ter tudo. Mas quando se quer tudo, no fim, nada se tem. Quando se escolhe, aí sim, você tem alguma coisa. Aquilo que escolheu ter. Passei a ver as escolhas não como uma troca - uma coisa por outra coisa - mas como uma aquisição - eu quero e agora é meu.  Mas vale uma escolha na mão do que duas alternativas voando. Mesmo que nem sempre dê pra saber se a opção é a certa, escolher já não me deixa na dúvida. Hoje sinto que escolher é ter caminhos diferentes pra chegar onde quero. Poder escolher é meu direito, não dever. É ter nas mãos o poder de fazer. É o exercício pleno do ser; ser eu.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

"A vida é cheia de surpresas,

mas nunca quando você precisa de uma."
- Calvin and Hobbes

sexta-feira, 21 de maio de 2010

O fim daquilo que nem começou.

A notícia me fez lembrar do cabelo de açúcar, do cheiro de perfume bom, do gostinho de menta. Senti saudade da folia, das risadas, do descompromisso. Quis sentir de novo o frio na barriga, a vontade de encontrar por aí, o coração palpitar. Ele me fazia um bem danado. Bateu uma saudade boa. Ele foi. Sempre soube que um dia iria. Queria que fosse mesmo. Mas, certa época, eu bem quis que ele ficasse.  Confesso. Até pedi a ele pra ficar. Ele sorriu e disse: "talvez, quem sabe". Então, falei pra Deus da minha vontade, mas Ele não respondeu a minha oração. Ou talvez o fato dele não ter ficado tenha sido a resposta de Deus. Esses sentimentos com prazo de validade nunca foram o meu forte. Meu presente agora é passado. Pior, é vencido. E coisa vencida faz mal. Tão pouco tempo, tantas mudanças. Definitivamente, não sirvo pra essas coisas. Vou aquietar meu facho e esperar pelo "cara do jegue", pode ser que ele venha pra ficar. Pq de avião esse veio e voltou. A verdade é uma só: "O homem inventou o avião. Deus criou o jegue". 

quinta-feira, 13 de maio de 2010

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Me inspire...

Até pensei em intitular "procura-se", mas parei com isso já tem um tempo. Bem que um texto sobre esse "procurar" me fez parar pra refletir sobre meus pensamentos a respeito do verbo. Poderia muito bem escrever um longo texto cheio de belos adjetivos predicados e afins do meu objeto de busca, mas me faltam as palavras. Hoje me encontro, definitivamente, sem a menor inspiração. Poderia usar as palavras de outra pessoa, mas aí seria plágio total, intencional e criminoso. O texto lá (Romântico Ninfomaníaco procura) é tão o que eu queria escrever que me sinto quase no direito de intitular a minha pessoa como co-autora do mesmo, só por tamanha similaridade de sentimento. A vontade é de fazer um Ctrl+C/Ctrl+V integral. Mas não, vou resumir minha procura com palavrinhas minhas: inspiração e reciprocidade!


"Pois nós, que ainda procuramos, sabemos que esta fé nos leva a lugares inusitados, inesperados, às vezes, desesperados. Porque preferimos ceder à loucura socialmente ditada a crer que não exista quem nos procure assim... Vamos! não se intimide por ler isto (...) nesse blog de dez visitas diárias que o Google equivocadamente lhe indicou... Lugares inesperados, lembra-se?"

terça-feira, 11 de maio de 2010

segunda-feira, 10 de maio de 2010

Gaiola

O que eu mais venho tentando ultimamente é manter meus pés firmes no chão, o máximo possível. A vida inteira me parece tão pouco pra o muito de tudo que ainda me falta conhecer. Há tanto espaço fora do meu universo. Quem me dera estar com os pés bem firmes na areia à beira mar de uma praia qualquer agora. Sem pensar no depois, sem hora marcada pra nada, sem precisar escolher coisa nenhuma além da cor do biquini, sem preocupações, só com o filtro solar. Apenas sentir o vento, ouvir as ondas, olhar o mar. Ai que saudade do tempo em que eu podia voar...

sexta-feira, 7 de maio de 2010

A pessoa errada*

"Pensando bem,
Em tudo o que a gente vê, vivencia, ouve e pensa...
Não existe uma pessoa certa pra gente.
Existe uma pessoa que se você for parar pra pensar
É, na verdade, a pessoa errada.
Porque a pessoa certa faz tudo certinho,
Chega na hora certa, fala as coisas certas, faz as coisas certas.
Mas nem sempre a gente tá precisando das coisas certas.
Aí é a hora de procurar a pessoa errada.
A pessoa errada te faz perder a cabeça
Fazer loucuras, perder a hora, morrer de amor.
A pessoa errada vai ficar alguns dias sem te procurar
Que é pra na hora que vocês se encontrarem
A entrega ser muito mais verdadeira.
A pessoa errada é, na verdade, aquilo que a gente chama de pessoa certa
Essa pessoa vai te fazer chorar
Mas uma hora depois vai estar enxugando suas lágrimas
Essa pessoa vai tirar seu sono
Mas vai te dar em troca uma noite de amor inesquecível
Essa pessoa talvez te magoe
E depois te enche de mimos fazendo vocês esquecerem o que passou
Essa pessoa pode não estar 100% do tempo ao seu lado
Mas vai estar 100% dentro do seu coração
E também vai estar o tempo todo pensando em você.
Todo mundo um dia tem que ter uma pessoa errada
Porque a vida não é certa. Nada aqui é certo.
O que é certo mesmo, é que temos que viver cada momento, cada segundo
Amando, sorrindo, chorando, emocionando, pensando,
agindo,querendo,conseguindo
E só assim é possível chegar àquele momento do dia
Em que a gente diz: "Graças à Deus deu tudo certo"
Quando na verdade tudo o que ele quer
É que a gente encontre a pessoa errada
Pra que as coisas comecem realmente a funcionar direito pra gente..."

[Autoria atribuída à Luis Fernando Veríssimo]


*Recebi por e-mail e achei uma graça. Dedico ao "Meo Thio" e a fadinha - a cara deles. Pq pra mim, não anda funcionando a pessoa errada e muito menos a certa. Será que dava pra rolar um meio termo? 

terça-feira, 4 de maio de 2010

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Coração Pirata

Arrependimento nunca foi o meu forte. Mas também não vou ao extremo por dizer que nunca me arrependi de nada que já fiz, disse ou quis. Sempre penso muito antes de fazer escolhas, o que me mune do máximo de certeza ou do mínimo de insegurança possível em relação as decisões que tomo. O sentimento ruim, muitas vezes, vem do fato de não ocorrer como o planejado, do fim não ser bem do jeito que idealizei que seria. Isso desaponta, é frustrante, mas não o bastante pra me fazer desistir. Nunca me arrependi por ter tentado, acreditado, desejado. Me dou ao direito de me permitir certos prazeres e de me privar de certas vontades, sempre sabendo muito bem o pq de fazê-lo ou não. Errar é humano - isso me consola muito, não me serve como desculpa pra andar por aí fazendo o que me dá na telha e jogando a culpa nesse defeito de fabricação. Respeito meus conceitos, limitações, meu coração e mente. Tento respeitar os dos outros sem machucar ninguém. O que não quer dizer que consigo, mas é o melhor que dá pra fazer. Não retiro nada do que tenha dito ou feito. Talvez hoje, reconheço, não fosse exatamente igual mas a situação nunca mais vai ser a mesma. Reações não se repetem, sentimentos muito menos. Considero perda de tempo ficar me culpando. A vida passa muito rápido pra ficar sofrendo por aquilo que não tem mais concerto. Chorar faz parte, admito, mas sofrimento não combina muito comigo. Afinal, ainda posso escolher seguir em frente. Querer vir comigo é uma opção e eu respeito a escolha.

sábado, 1 de maio de 2010

Recomeço

Hoje fiz uma faxina geral no meu mundo. Joguei TUDO fora. As cartas, palavras, os discos, canções, os presente, promessas... Foi tudo pro lixo. E junto a última gota do meu sentiemento. Não era sem tempo e acabou sendo bem menos difícil do que eu achei que seria. Nada mais de sólido, visível, palpável existe. Eu sei que não vai ser de uma hora pra outra que algo vai acontecer. Pelo menos a partir de hoje tá sobranodo espaço pra quando um novo amor resolver chegar. Que não demore pois eu tenho pressa!

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Confusão? Não, indecisão!

É tanto em comum que tem horas que converso com vc e me sinto falando comigo mesma. Me faz bem. Uma versão masculina de mim tão inconstante e relutante quanto. Gosto de cuidar de você,  me faz feliz, te faz bem.  A gente se entende de um jeito tão nosso, iguais nas diferenças quase sempre. Só que muitas vezes, me irrita tanta semelhança. Confesso. Meio que sem querer querendo te quero e sinto que vc quer me querer também. Mas é tudo tão assim sem ser, tão vez em quando, tão de lua. Vc não sabe e eu não tenho certeza. É mais que fato: ao passo que existe o medo de arriscar a amizade, há também a sensação de que pode dar certo. Eu reclamo da tua indecisão, só que muitas vezes eu me pego nessa mesma confusão, que não faz bem pra ninguém.

♪♫Agora eu te quero, depois, eu já não sei♪♫

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Te dedico

Você um dia me mostrou essa canção, hoje eu queria cantá-la pra você...

♪♫Perco tempo
E faço coisas que você parece nem notar
Tantos planos e outra vez eu vou embora sem saber o que falar
Talvez eu seja só um novo amigo
talvez eu queira te levar comigo
Pra bem longe daqui
Onde nem o céu seja o limite

Esperei o tempo
Falar por mim
Coisas que eu não sei dizer
Olhando pra você

Sei que vejo 
Você de um jeito que ninguém consegue enxergar
Tantos planos
E outra vez eu vou embora sem saber o que falar...
♪♫

[Drive - Olhando pra você] 

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A resposta

Eu não quero mais falar do meu medo de te perder e muito menos do quanto me preocupo contigo. Não vou mais pegar no teu pé pra que vc crie juízo e nem dizer que sinto sua falta. Me nego a te dedicar as minhas melhores palavras e te encher de cuidados com o melhor do meu sentimento. Se eu sei que vc não sabe o quer. Pra quê vc me vem com esse papo de saudade? Dizendo: "com vc me sinto seguro, a vontade, animado, empolgado e muito mais". Pra me convencer que sou importante pra vc, que te faço bem e que, por isso, sente a minha falta. Não duvido disso. Afinal, somos amigos e amizade tem dessas coisas. Também te quero tanto bem. Mas quando vc usa esse tom me deixa confusa e me faz te querer diferente. Será que vc não percebe? Não quero explicações e nem conversas sobre as suas burradas. Pq a gente tem essa mania de perder tanto tempo com palavras? Eu não quero mais esperar, tá acabando o tempo que vc pediu pra se resolver. Me faça bem também, sendo pra mim o que diz que sou pra vc. O que eu preciso ter talvez só vc possa me dar. Quem sabe talvez eu também seja tudo aquilo que te falte. Não acho justo ficar com essa dúvida e desistir sem nem ao menos tentar. Mas confesso que cansei de ser a única parte de um inteiro que tem que ser de dois. Eu desisti! Mas, se quiser, nós ainda podemos tentar. E se você não quer, pare com isso e me diga logo. Deixa eu seguir em frente sem me sentir presa a vc.

"Seu silêncio me devora
Algo diz pra eu ir embora
Não entendo os seus sinais
Mas fica com você
A desculpa pra inventar
Quando resolver ligar
Posso não te querer mais..."

Não demora, por favor.

segunda-feira, 26 de abril de 2010

Palavras são só droga de palavras

pq não falo

não quer dizer que

eu não sinta.

Eu nem sempre

sei o que dizer.

Como dizer.

Embora

me esforce

e viva

tentando fazê-lo.

Acabo me perdendo

em meio

a tantas definições,

explicações,

traduções...

Só queria

me fazer entender

sem precisar

usar tantas palavras.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Quase emo


Só sei falar de mim, só sei escrever o que há nos sentimentos que me invadem. Me inspira aquilo que me atormenta a alma e me inquieta o coração. Admiro aqueles que fazem das letras um instrumento mágico pra criar fantasia, onde muitas vezes eu consigo me encontrar. Queria um dia acordar literário e escrever um conto sobre algo que não vivi, falar de uma experiência pela qual nunca passei, de um sentimento que jamais foi meu. Talvez assim eu conseguisse colocar nos meus escritos um pouco mais de alegria. Meus textos andam tão deprimentes, queixosos, desesperados. Mas a minha vida não é sempre assim. Os momentos felizes existem. E tento aproveitá-los ao máximo. Tanto que quando me dou conta já passaram e não deu tempo de ter inspiração pra falar sobre eles. Acabam por ficar só na fotografia. No fim, me resta só aquilo que me faz parecer um ser com nenhum motivo pra sorrir e essa não sou eu.