sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Posso te dar meu coração?*

Não falo do sentimento implícito na expressão, tão comumente usada pelos poetas. Quero te dar meu coração literal, o músculo de carne viva que bate dentro do meu peito. Não tenho dois corações, é verdade! E metado do que tenho é pouco pra te oferecer. Mas se você disser que quer eu te dou o que tenho por completo, inteirinho só pra você.  Ele não me é mais últil. De que me vale a vida diante do fato de não poder te ter? Não, meu amor, não falo de morte. Quero viver em você! Te acompanhar aonde quer que você for. Estar junto contigo em cada momento, dividir toda emoção. Quero que sinta assim igual a mim, esse amor tão grande que te tenho. Já vivi muito tempo sozinha. Uma vida inteira eu tive só pra mim e agora eu a quero te dar. Deixaremos assim de ser somente eu e você, tão longe um do outro com vidas tão egoistamente distintas, dois corações a bater solitários. Se no teu peito o meu estiver a palpitar seremos nós, enfim juntos, seremos um!

[Inspirado na obra de Ganymédes José]

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