sábado, 7 de agosto de 2010

Calculando


Eu resolvi não querer mais me apaixonar. Aquela vontade infinda de atenção e cuidado tava me sufocando. Mas se antes eu reclamava da falta de opção, ultimamente andam me aparecendo tantas possibilidades que eu tô me sentindo tonta. Não, eu não tô me achando "a gostosa", nem me sentindo mais bonita ou interessante. Na realidade a estatística é a grande culpada disso, pode ser também a proporção, no fim é tudo matemática. E talvez por isso é tão, sei lá, sem poesia. No mundo dos números falta o lado mais interessante do sentir. A exatidão da matemática faz sempre 1 + 1 = 2.  No amor as equações são muito mais complexas, os cálculos são muito mais cheios de sonhos, imaginação e música. Nunca fui boa com as exatas, no mundo das humanas sempre me dei muito melhor, embora hoje faça parte mesmo é da saúde. O ruim é que não existe uma dieta pra perder carência, nem é essa condição resolvida com um cálculo de IMC ou com a equação de Harris & Benedict . É aí qua nada tá resolvido, que a questão não é só a minha vontade, a minha carência ou os partidos disponíveis. Posso ignorar o que me mandou flores, dispensar aquele que me deu jóia e bombons e deixar de atender os telefonemas do sem noção. Posso também gritar aos quatro ventos que não quero nada com ninguém, que é melhor ficar sozinha e que eu não sirvo pra namorar. E mesmo em meio a tudo isso descubro que ainda posso me render frente a um convite pra dançar, um abraço que me tira os pés do chão, ao carinho espontâneo de um menino do sorriso bonito. Mas eu ainda continuo resolvida a não querer me apaixonar. Eu + querer = Poder (??)

Nenhum comentário:

Postar um comentário