quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Juro que eu tô tentando.


Cada uma num canto e todas longe de mim; as minhas saudades formam a cada dia uma turma maior. 

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

A marca de uma lágrima



Dizem que na vida a única certeza que todo mundo tem é a morte. Quando criança eu achava que as pessoas que eu amo nunca iam morrer. A primeira vez, que me lembro, de ter lidado com a morte foi quando a irmã de uns amigos meus faleceu precocemente, aos 16 anos. O sofrimento da mãe deles me deixava confusa, ela não parava de chorar nunca e eu não conseguia compreender o tamanho da dor que aquela mulher tava sentindo. Vi pessoas perdendo pessoas durante muito tempo de longe, só de longe. 

Pra mim, o meu amor protegia os meus, fazendo-os imortais, como os super-heróis. Só quando eu tinha 10 anos tive que encarar a morte de mais perto. Meu avô faleceu e, embora eu tenha brincado com meus primos o velório todo, quando jogaram a primeira pá de terra sobre o caixão de vovô meu pai me abraçou e chorou pela primeira e única vez a perda do pai dele. Ali, naquele momento, era como se eu pudesse sentir a dor do meu pai e doeu em mim também. Aos 17 anos eu perdi minha vó. Eu senti essa perda como nenhuma outra antes. Durante 8 longos dias meus pais choraram juntos todas as noites a morte da minha vó e até hoje eu choro todas as vezes que me lembro dela. Me recusei a vê-la morta. Acho que na minha cabeça eu ainda queria acreditar que ela ia viver pra sempre. Não me arrependo da escolha que fiz, mesmo que no momento, muita gente não tenha me entendido. Quis ter todas as lembranças da minha vovó Severina bem viva e sorrindo pra mim e é assim que, até hoje, 7 anos depois, lembro dela. É imensa a falta que ela faz e ainda é difícil acreditar que ela não tá mais aqui. 

Eu cresci, aos 24 anos eu percebo que aprendi que a morte faz parte da vida de todo mundo, inclusive da minha. Aprendi também que não adianta dizer ou fazer nada pra tentar diminuir a dor que perder alguém provoca. A verdade é que mesmo depois de perder pessoas tão importantes, o tempo passa, a vida continua. E conforme os anos vão passando esses entes queridos não são esquecidos, mas aquela dor que parecia tão insuportável se transforma em uma espécie de saudade, que não deixa de doer, só incomoda menos. Acho que Deus faz isso com a gente, pra que continuar vivendo não seja uma tarefa impossível. Ele nos dá força, dá motivos pra seguir. Ele não tira nada da gente, não leva ninguém que a gente ama pra junto dele. E essa verdade foi outra coisa que eu aprendi. 

Ultimamente, ando vendo muita gente perder pessoas que amam. De longe. Só que agora, eu sinto a dor de cada um de perto. Bem perto. A frequência com que isso vem acontecendo me assusta. Se quando criança eu me sentia segura com a imortalidade dos meus heróis, agora tenho medo por saber que aqueles que eu amo são simples mortais.

"Com isso ouvi uma voz alta do trono dizer: 
“Eis que a tenda de Deus está com a humanidade
e ele residirá com eles e eles serão os seus povos. 
E o próprio Deus estará com eles. 
E enxugará dos seus olhos toda lágrima, 
e não haverá mais morte
nem haverá mais pranto, 
nem clamor, nem dor. 
As coisas anteriores já passaram.”
(Revelação 21:3,4)

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Faz parte do meu show!

Desde muito cedo na vida a gente escuta a famosa pergunta: o que você quer ser quando crescer? Quando eu era bem pirralha queria ser médica, depois Chiquitita (dançar o "mexe mexe lá" no SBT e morar na Argentina). Já na escola lembro que no primeiro ano me fizeram essa pergunta e eu respondi que queria fazer faculdade de Ralações Públicas ou Turismo, mesmo sem fazer ideia do que fossem essas profissões. Na hora de fazer o bendito vestibular eu não tinha noção do que fazer. O que eu sabia é que gostava de humanas, não tinha o menor talento pra exatas e que saúde era mesmo quem tava dando emprego. Minha mãe queria que eu fizesse enfermagem, meu pai queria que eu fizesse qualquer coisa só não parasse de estudar, meu irmão não deu palpite e eu fui lá e me inscrevi pra concorrer a uma vaga no curso de Letras. Fiz a prova, passei em primeiro lugar no curso e tranquei a faculdade um mês depois das aulas começarem. Só que ficar em casa sem fazer nada num é legal. Nunca tive o menor talento pra comércio, nunca tinha trabalhado na vida, a única coisa que eu sempre soube fazer e bem era estudar, eu precisava usar isso a meu favor e ganhar dinheiro. Depois de 6 meses de tédio e vida mansa, resolvi dar um rumo a minha vida. Li sobre alguns cursos, faculdades, mercado de trabalho. Apresentei as possibilidades pro aval financeiro do meu pai. Entre Fisioterapia e Nutrição as sábias palavras da minha mãe me levaram a decisão que mudaria minha vida: "Fisioterapia tem muito nome de osso pra tu aprender, faz Nutrição mesmo". E por mais contraditório que possa parecer, anatomia foi a minha matéria favorita no ensino superior e na qual eu alcancei a maior média entre todas as disciplinas que eu paguei no curso. Foram 4 anos de sofrimentos, dos quais não tenho a menor saudade e que, graças a Deus, passaram. Não foi um sonho de criança, nem resultado de um teste vocacional, muito menos aptidão ou influencia direta de alguém. A vida me fez nutricionista. E, de verdade, eu no lugar dela, não teria feito escolha melhor. 

domingo, 30 de outubro de 2011

Meus vinte e poucos anos...



Com essa cara de adolescente 
e essa disposição de velha caquética 
cheguei a fase mais estranha da minha vida.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Além, porém aqui!



Nunca fui menina de ter turma, andar em bando nunca fez meu estilo. Lá uma vez ou outra me aventurei em integrar a turma (dos outros) - de amigo, de parente, de namorado. Mas nunca tive (a minha) turma. Sempre fui de poucas amizades. Minha companhia é sempre uma só, é de mim me sair melhor assim - em dupla, num par, sendo parte de um casal. Detesto multidão, tumulto, contato físico com pessoas estranhas me dá pânico. Mas nunca me esquivo de ter uma boa conversa, conto a minha vida inteira pra um estranho ao meu lado no ônibus, na fila do banco, numa sala de espera. Até sei viver muito bem em sociedade. O meu problema não é fazer amigos e, sim, mantê-los. Não sei fazer isso. Talvez esse seja o motivo de tantas pessoas terem passado pela minha vida e poucas são as que ainda continuam, acho que eu não soube fazê-las ficar. E eu devo ser mesmo uma pessoa horrível por não sentir a menor falta de nem uma única delas. Mesmo assim posso dizer que tenho amigos, os melhores, não precisei de muito esforço, pois eles que escolheram ficar. Neles eu penso, deles eu sinto falta, com eles eu sei que posso contar. O fato de cada um estar num canto diferente desse mundo de meu Deus me impede de tê-los ao alcance das minhas mãos. Hoje não tenho nenhum deles perto de mim. Mas que bom que hoje, pelo menos, posso tê-los ao alcance do meu mouse.

Preciso de vocês, a presença de vocês em minha vida faz toda a diferença, é muito importante pra mim ter vocês, mesmo que longe, mesmo só de vez em quando. Eu sei que piso muito na bola, que nem sempre faço por onde merecer a amizade de vocês mas, por favor, me perdoem por isso. Saibam que não os esqueço nunca, pois isso seria o mesmo que não lembrar quem eu sou. Nunca duvidem do tamanho do meu sentimento, mesmo que eu nem sempre consiga demonstrá-lo como deveria ou como gostaria de fazê-lo. Por terem decidido ficar, por dividirem muitas vezes seus segredos, suas turmas, suas vidas comigo, meu muito obrigada. Nas minhas orações sempre peço a Deus pra cuidar de vocês pra mim e pra me permitir continuar sendo parte da vida de cada um, mesmo que seja uma parte bem pequenininha. Sinto muito não tê-los perto como antes e confesso que ando me sentindo muito só. O meu consolo é saber que vocês estão aí, então, por favor, continuem aí. "Enquanto houver você do outro lado, aqui do outro eu consigo me orientar" - faço minhas as palavras da canção. E, o mais importante, eu amo MUITO todos vocês.

[É sim um sentimento coletivo, falo sim pra todos os meus amigos, mas não vou negar que em especial escrevo pra minha amiga-irmã-toddynho Isabela Juliana Santos Bastos Teixeira, que me ensinou a lutar por quem realmente vale a pena, que me fez voltar a escrever, que melhor do que ninguém lê nas entrelinhas dos meus olhos, que é pra mim um exemplo de pessoa, de amiga, de cristã. Isa, é em você que eu penso sempre que escuto alguém falando em amizade pois foi você que me ensinou o que ela realmente significa e foi a sua amizade o melhor presente de todos que a vida me deu.]

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Benefício da dúvida

Não me considero uma das pessoas mais espertas que conheço, muito pelo contrário, me acho até meio lenta. Não sei discutir e não gosto de resolver as coisas no calor do momento em que elas acontecem. Perco toda a minha eloquência e capacidade de argumentação quando o meu coração começa a bater mais rápido do que os meus neurônios conseguem trabalhar. Preciso de tempo pra colocar as coisas no lugar e prestar atenção nos detalhes, separar razão e sentimento. Por isso acabo prestando atenção em certas coisas só quando já passou da hora em que elas deveriam ter sido notadas por mim. Só que enquanto rola esse processo, o tempo vai passando e chega uma hora em que discutir o assunto já não parece mais relevante. Ainda por cima tenho memória seletiva - e defeituosa. Só que mesmo admitindo que sou assim, não considero isso como sendo falta de inteligência. Se tenho uma certeza nessa vida é que burra eu não sou, muito menos doida. Ingênua, talvez. Ainda quero acreditar que vale a pena acreditar nas pessoas. Meu maior erro é não ver maldade nas atitudes, nas pessoas, nas conversas, nos momentos. Só que, com essa minha lerdeza em perceber certas coisas, a impressão que dá é que gosto de ficar remoendo tudo. Mas como é que eu posso remoer aquilo que nem ao menos percebi que tinha que ter sido discutido? Odeio pensar, escutar frases soltas - ditas quase sem querer - juntar tudo, pensar mais e chegar à conclusão que mentiram pra mim. Pior, detesto o fato de subestimarem minha inteligência tentando me fazer acreditar em meias verdades, se valendo da minha memória ruim ou usando a desculpa da omissão, pois esconder ou camuflar a verdade, pra mim, é mentir do mesmo jeito. Acho que, em alguns casos, a verdade pode causar confusão, briga, decepção, rompimento, dor. Mas eu sei que mesmo a certeza doída é melhor que a sensação torturante que a dúvida provoca. A menos que seja provada a culpa, não é possível condenar ninguém, por isso, dizem que a dúvida absolve. Mas como, se a incerteza não me deixa saber se realmente existe algo que deva ser perdoado?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Sun day (??)


Fato: eu odeio o dia de domingo com todas as forças do meu coração.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O que eu não disse


Tem gente que diz eu te amo como que dando bom dia. Outros consideram essas três palavrinhas difíceis demais de serem ditas. Não considero como sendo esta uma expressão proibida ao ponto de nunca poder ser pronunciada. Mas, acredito eu, que um eu te amo, quando se ama mesmo, de verdade, é difícil de ser dito. Nem sempre é por falta de vontade ou por ausência do sentimento que se cala, muito menos por vergonha de demonstrar o que se sente. Num mundo onde o verbo amar é tão vulgarizado, pra quem reconhece o peso que essa expressão tem, é quase sempre insegurança que impede essa frase de ser dita. Pura e simplesmente. Medo de dizer e não ouvir também. Receio de colocar a outra pessoa numa situação embaraçosa e, talvez, forçar uma coisa para a qual ela ainda não esteja pronta. Será que tem um jeito certo, uma hora certa? Embora eu nunca tenha tido problemas pra falar sobre os meus sentimentos, sempre fui de tomar muito cuidado ao usar certas expressões. Mesmo que pareça dominar bem as palavras, não tenho todas as respostas. Tenho sim, minhas dúvidas, minhas inseguranças, meus medos. Talvez até queira justificá-los como sendo comuns a maioria dos mortais, mas talvez eles sejam só meus. Pra mim, é preciso existir uma certeza que não pode ser só minha. Mas que não deve ser forçada, cobrada, exigida. Pois não há nada melhor que ouvir, ler, sentir. Sem precisar esforço, de um jeito bem natural, quase como um carinho. Sim, amo. Eu amo você!

domingo, 3 de julho de 2011

Melhor não dizer nada

"Só quero que você saiba que, não importa o que aconteça, eu amo você. Muito."



Não me venha com pseudo declarações de amor pra tentar amenizar uma dor que nada pode evitar que eu sinta. Eu só quero o amor de quem vai me amar de verdade, viver pra demonstrar esse sentimento e me provar com ações que vai ser assim. Não quero mais ouvir palavras acompanhadas de ações contrárias, que não combinam com o contexto da conversa, que querem camuflar as verdadeiras intenções. Se for pra dizer que me ama é porque vai ficar. Porque pretende continuar fazendo parte da minha vida. Porque nunca vai desistir de mim. Cansei de perder acreditando que estou a ganhar. O que tá parecendo é que todo mundo sabe que "eu te amo" não é bom dia, mas tem um monte de gente por aí achando que esse é um novo jeito de me dizer adeus.

terça-feira, 21 de junho de 2011

A primeira noite

Enquanto muitos vivem a esperar pela primavera, eu prefiro de longe o inverno. Muitos dizem que agosto é desgosto e contam os dias pra ele acabar e setembro, enfim, chegar. Odeio setembro! Eu sempre curti cada momento de maio pra junho chegar com ares de continuação da folia. O clima gostoso chegou igualzinho com o mês mais romântico do ano. Já me enrolei no meu lençol de pelúcia, cochilei pelas tardes geladinhas, me aqueci no abraço do meu amor, pedi colo pra minha mãe, usei minha meia-calça preta, tirei do fundo da gaveta minhas blusas de mangas compridas, já quis dormir mais cinco minutinhos e acabei por horas dando continuidade aos meus sonhos. Aproveito meu mês preferido, que deu o ar da graça no meu dia favorito da semana esse ano, desde o primeiro minuto do dia 1 que já tava era frio. No entanto, hoje começo a curtir oficialmente as noites frias do meio de ano. É junho [faz tempo] e o inverno chegou [agora, dizem]! O céu é bonito e a noite é tão boa, acende a fogueira do coração, meu povo!

sábado, 18 de junho de 2011

Na falta de palavras minhas...

"Olha, eu sei que o barco tá furado e sei que você também sabe, mas queria te dizer pra não parar de remar, porque te ver remando me dá vontade de não querer parar também.Tá me entendendo? Eu sei que sim. Eu entro nesse barco, é só me pedir. Nem precisa de jeito certo, só dizer e eu vou. Faz tempo que quero ingressar nessa viagem, mas pra isso preciso saber se você vai também. Porque sozinha, não vou. Não tem como remar sozinha, eu ficaria girando em torno de mim mesma. Mas olha, eu só entro nesse barco se você prometer remar também! Eu abandono tudo, história, passado, cicatrizes. Mudo o visual, deixo o cabelo crescer, começo a comer direito, vou todo dia pra academia. Mas você tem que prometer que vai remar também, com vontade! Eu começo a ler sobre política, futebol, ficção científica. Aprendo a pescar, se precisar. Mas você tem que remar também. Eu desisto fácil, você sabe. E talvez essa viagem não dure mais do que alguns minutos, mas eu entro nesse barco, é só me pedir. Perco o medo de dirigir só pra atravessar o mundo pra te ver todo dia. Mas você tem que me prometer que vai remar junto comigo. Mesmo se esse barco estiver furado eu vou, basta me pedir. Mas a gente tem que afundar junto e descobrir que é possível nadar junto. Eu te ensino a nadar, juro! Mas você tem que me prometer que vai tentar, que vai se esforçar, que vai remar enquanto for preciso, enquanto tiver forças! Você tem que me prometer que essa viagem não vai ser a toa, que vale a pena. Que por você vale a pena. Que por nós vale a pena. 
Remar. 
Re-amar. 
Amar."


[Caio F. Abreu]

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Foi no dia dos namorados



E como se nada tivesse acontecido você, como quem não quer nada, tenta voltar de mansinho pra minha vida. Do seu jeito, na hora que você quer, querendo recomeçar depois um fim. Um ponto, que talvez nem seja final, na tua vida. Tem coisas que nunca mudam. O que te traz sempre de volta? Não tenho idéia, acho que nem você sabe. Dizendo tu que eu faço falta. É, também senti saudades. Das nossas conversas que eram sempre as melhores, isso quando não me roubavas as palavras. Nossos encontros tão raros e, por serem assim, tão especiais. Nossa amizade, nossa cumplicidade, nosso mundo. Faz tanto tempo que tu tá na minha vida que todo esse vai e vem, tantas idas e vindas, queriam me fazer acreditar que era pra sempre. Eu ainda o conheço tão bem que até parece que consigo adivinhar cada expressão que vais usar. Certos hábitos insistem em permanecer os mesmos por mais que o tempo passe. A vida mais uma vez deu suas voltas e te trouxe pro mesmo lugar. Foi bom poder te dizer que, dessa vez, algo mudou. Diferente das outras vezes eu já não tô mais aqui pra você. Não do mesmo jeito. Não de jeito nenhum. Como diz a canção "o pra sempre, sempre acaba" e o teu pra sempre pra mim acabou.


"Não vou dizer que foi ruim
Também não foi tão bom assim
Não imagine que te quero mal
Apenas não te quero mais
Não te quero mais
Não mais!
Não te quero mais
Não mais!
Nunca mais!"
[Assim caminha a humanidade - Lulu Santos]

sexta-feira, 27 de maio de 2011

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Tudo que uma garota quer



Um olhar apaixonado
e alguém pra chamar de meu namorado
Tirar muitas fotos e colocar legenda
no fotolog, no blog e na agenda 

Receber depoimentos no Orkut
e ter um relacionamento sério com alguém no Facebook
Declarações púbilcas de afeto
e palavras ditas ao pé do ouvido, bem perto

Ir ao cinema, ganhar chocolate
e um bichinho peludo que late 
Receber um lindo buquê de flores
ou uma única rosa que fosse

Não precisar ficar cobrando nada
e depois levar o nome de doida, chata
Poder falar o que pensa
sem ter que ouvir que seu ciúme é doença

Dançar forró agarradinho
depois cobrir o namorado de beijinho
Andar de mãos dadas, passear por aí
jogar conversa fora e morrer de rir

Receber mensagem sem hora marcada
seja tarde, dia, noite ou madrugada
Não ter que viver pra chamar atenção
mas saber que é a dona do seu coração

Confiar e sentir segurança
e não precisar adivinhar com quem e onde o namorado anda
Brincar de fazer rima sem medo de parecer piegas
faz parte do amor ser assim desse jeito brega

Acho que essa garota tá precisando mesmo é aprender
que a saída é deixar de tanto querer
Parar de sonhar e começar a viver
tentar só sentir e não mais sofrer.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Ensino Fundamental I

Cada um tem seu jeito de ser e, embora todo mundo saiba disso, nem sempre é fácil conviver com o que é diferente de você (ou pra você). Servir de referência pra si próprio não é bom, assim como ter outra pessoa como modelo daquilo que te agrada também não costuma dar muito certo. É comum desejar o príncipe encantado, o cara perfeito, o homem dos sonhos. Mas, na maioria das vezes, a pessoa que te conquista costuma passar longe de ser tudo aquilo que se imaginou. Talvez por isso mesmo consiga chamar sua atenção. Diz a lei de Coulomb que os opostos se atraem, física pura. Diz o Teatro Mágico que os dispostos se atraem, pura química. E essa química que desperta em duas pessoas, aparentemente incompatíveis, um sentimento que vai além da atração física, é o que de mais especial pode haver numa relação. Não é matemática, a total falta de lógica é o que faz com que o amor não precise ser exato. Ter coisas em comum é importante sim, mas as diferenças é aquilo que deixa o relacionamento mais interessante. Dá pra aprender tanta coisa... Sentimento é algo voluntário, não dá pra cobrar ou exigir isso de alguém. Não idealize demais as coisas, não crie grandes expectativas. Sonhar é bom, mas a realidade pode te surpreender, ao ponto de consegiur ser melhor que os seus devaneios, mas só se você deixar e quiser que seja assim. Faça a sua parte. Mesmo que geografia não seja sua matéria favorita, se esforce pra entender a relação recíproca entre as pessoas e o meio ambiente. Preste atenção pra conhecer bem o terreno e tenha cuidado onde pisa. Vá com calma e consulte o mapa sempre que achar necessário. Use o seu português pra dizer o que sente vontade, sem esperar a mesma coisa. Deixe que o outro faça o que quiser, sem achar que é sua obrigação fazer o mesmo. Tenha paciência e saiba esperar, nem sempre o seu tempo é o tempo certo pra outra pessoa. Seja quem você é, mas não use isso como desculpa pra não se esforçar pra fazer a história de amor de vocês dar certo. E, como disse um dia meu amigo André, "homem [leia-se ser humano] não muda, mas se adequa". Não precisa mudar, biologicamente falando, mas não custa nada tentar se adaptar. Eu tô tentando.


♪♫Não precisa mudar
Vou me adaptar ao seu jeito
Seus costumes, seus defeitos
Seu ciúme, suas taras
Pra que mudá-las?

Não precisa mudar
Vou saber fazer o seu jogo
Deixar tudo do seu gosto
Sem guardar nenhuma mágoa
Sem cobrar nada

Se eu sei que no final fica tudo bem...♪♫

terça-feira, 26 de abril de 2011

Pra não perder o costume

Esquecer, esqueço não. Mas passou. Hoje os ventos que sopram por aqui são outros. Mais calmos, mais seguros. Nada de árvores caindo, sem telhados sendo arrancados fora, nem ondas gigantes. Na minha vida agora a vibe é zen. Mas sempre depois de uma tempestade ficam as marcas do temporal e, muitas delas, se fazem eternas. No começo o estrago pode até parecer grande demais e só dá pra ver os prejuízos. Depois, quando o tempo se acalma, a gente percebe que o mais importante ainda está conosco: a vida e a força que vem dela pra seguir em frente, recomeçar. Passados mais uns dias, a gente nem se dá conta, mas a ventania que causou perturbações outrora, serviu pra espalhar sementes que florecem por todos os lados, como um milagre. Enchendo a vida de cores, flores, de verde, esperança. Mas, dizem que "depois da tempestade, vem a bonanza". Pois é, aqui estou. Não sinto falta do tempo ruim, nem da bagunça que ele causou na minha vida, mas lembro com carinho de como eram as coisas antes de tudo acontecer. Sei que nada mais será como antes e não poderia ser. Sei que é mesmo melhor que seja assim. Fica a saudade e o sentimento, mais amenos, como os ventos de agora. Não quero mais saber de tempestade, ventania, mar agitado. Quero curtir a paz do vento leve, da chuva fina, da água doce sem ondas de um rio. Do meu menino do rio.



"Pra ser sincero, ela tem uma parte de mim. É dela e ponto."

terça-feira, 19 de abril de 2011

Santa Semana

Você achou que finalmente iria se livrar daquele resfriado, mas você está tossindo mais que um tuberculoso? Você está com muito catarro e sente como se tivesse passado a noite apanhando de tanta dor nas costas? Pois é, o nome disso é bronquite aguda, uma infecção nos brônquios - principais tubos que levam o ar aos pulmões.

Após 19 dias inteiros "gripada" (ou com "virose" - se preferir) fui ao médico por livre e espontânea pressão da minha mãe. E o doutor lá, me deu a fabulosa notícia de que eu estou (de novo) com essa bendita bronquite. Em 2006 tive o pior mês da minha vida, pra variar, era setembro e eu nunca cheguei tão perto da morte. Sério, sem drama, eu nunca fiquei tão doente na vida como naquela primavera sombria. Quando eu comecei a me queixar de dor nas costas, mainha ligou o pisca alerta. Minha experiência anterior deixou a minha pobre mãezinha com medo de me ver morrer, ou sofrer, ou dar trabalho a ela (o que, segundo a própria, é o que eu faço melhor nessa vida). Tirei sangue, fiz xixi num potinho e ainda fiquei sem roupa na frente de estranhos pra tirarem foto dos meus lindos pulmõesinhos. E a confirmação: antibiótico, vitamina C e xarope pro feriado! Ou seja, totalmente fora da pista - nada de viagem no feriado.

Fui eleita! Com tantos dias no ano pra eu ficar doente, tive que acertar logo um feriado. Parece praga por eu ter me queixado do casamento de domingo. "Tá vendo? Com ou sem casamento tu num vai dar um passo nesse feriado. Bem feito, prima má!" - né? Pior que isso, só ter que trabalhar amanhã, pq o desgraçado do médico num quis me dar um dia de atestado além do dia da consulta.

"Lerê lerê" pra mim e "cof cof" praqueles que realmente terão um feriado! Divirtam-se pessoas felizes!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Deve ser TPM



Conforme o tempo passa é natural que a gente se conheça melhor. Descubra do que gosta, do que não gosta, perceba com o que se identifica mais, aprenda quais são as nossas qualidades e defeitos e como lidar com todas essas novidades. Tem gente que demora um tempão pra perceber certas coisas. Já eu, muito cedo na vida, descobri um dos meus piores sentimentos: o ciúme. Desde quando me lembro eu sou ciumenta, não não, eu sou MUITO ciumenta. Nunca fiz questão de esconder ou negar isso pra ninguém. Já gritei, chorei, esperniei, fiz escândalo. Mas nessa época eu ainda era uma aspirante de gente e acaba que tudo que criança faz é lindo. Só que depois de velha eu tive que abrir mão desse luxo que é o direito infante de desabafar. Afinal, mocinhas não devem dar vexame em público. E pra evitar maiores constrangimentos pra mim e pro alvo do meu excesso de zelo, o jeito foi aprender a me controlar.  Hoje sou uma ciumenta contida. Desenvolvi uma atitude mais adulta em relação a esse sentimento. No entanto, eu reconheço que, na maioria das vezes, meu ciúme tem um motivo bobo e infantil. Disfarçar eu até consigo, mas fazer com que ele deixe de ser parte de mim eu ainda não aprendi.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Sometimes

"Eu quero acreditar em tudo que você diz
Porque soa tão bem
Mas se você realmente me quer, vá com calma
Há algumas coisas sobre mim que você precisa saber

Às vezes eu corro
Às vezes eu me escondo
Às vezes eu tenho medo de você
Mas tudo que eu quero de verdade, é te abraçar forte
Te tratar bem, estar com você dia e noite
Baby, tudo o que eu preciso é de tempo

Torço para que você esteja esperando por mim
Você vera que é o único para mim
Fique por perto e você verá
Não há outro lugar que eu queria estar

Confie em mim
Do jeito que eu confio em você"

[Britney Spears - tradução livre e adaptada]

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Canta comigo

Promete pra mim que a distância entre nós não vai atrapalhar? Se você gosta de mim, será que alguns quilometros vão importar? Como eu queria te falar tudo que eu penso, você pode assistir enquanto eu tento. Suspiros já não cabem mais dentro de mim! Há uma forte ligação entre eu e você. Será que você pensa em mim como eu penso em você? Será que um dia eu vou saber? Eu não sei o que aconteceu comigo, não paro de pensar... Uma foto que me faz voltar no tempo, quando eu te conheci, a gente se falou e tudo começou. Eu logo vi que era tudo que eu sempre pedi. Você apareceu pra mim, não posso evitar me sentir assim. Uma hora com você no telefone, eu tentei te dizer... Quando eu falo com você eu fico mais feliz! Pra você não sei mentir, eu quase morro quando diz que pra você sou diferente.  Me diz o que é que eu faço pra te ter aqui comigo? Eu não aguento mais ficar tão longe de você. Te juro que agora o que eu quero é uma chance pra te mostrar. Quero você aqui, isso eu já decidi.

[Manu Gavassi]

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Casamentos me fazem chorar

Não, eu não tô preparada. Tô mesmo é morrendo de medo de encarar a realidade de frente. Me apavora só o fato de pensar que eu vou ter que voltar aquele lugar, ver aquelas mesmas pessoas. Sei que muita coisa mudou, que o tempo é outro, que a situação é diferente. Afinal, já se passaram mais de 5 anos. Mas como eu explico isso pro meu coração? Pra ele tudo continua igual. Não como era antes de tudo mudar, mas do jeito que ficou depois que tudo mudou. O que me incomoda são os fatos não as pessoas. Contrariando os meus planos, quebrando todas as minhas promessas. Talvez as lágrimas sejam a única semelhança entre o fim de semana que eu planejei e o que me aguarda.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Tô de volta!

Parei pra dar uma lida nisso aqui e me dei conta de que escrevi muita besteira. Mas, talvez, há quem veja algum sentido nestas mal traçadas linhas por mim rabiscadas. Me fechei pra balanço por um tempo e junto acabei por fechar o blog também. Até inventei de fazer um novo, que pode ser que vingue ou seja mais um blog abandonado (ou deletado, vai saber). Ainda não consegui me recuperar totalmente do bendito balanço, mas me deu saudade de escrever aqui. Pois continua me faltando coragem ao mesmo tempo que me sobra vontade de expor o que eu sinto. Eu criei o eu-legendado por isso. Meu blog nada mais é do que um jeito indiretamente direto que eu achei pra mandar meus recados, me declarar, reclamar. Sempre apelo às palavras escritas, quando discursando eu não me saio tão bem. E fiz uso desse cantinho muitas vezes pelo simples fato de aqui conseguir desabafar. Mesmo sabendo que praticamente ninguém me lê, resolvi reabrir isso (especialmente pelos meus 2 leitores que reclamaram o fechamento do blog). Hoje deu vontade de voltar a me lamentar, ou melhor, a me legendar por aqui.