terça-feira, 26 de abril de 2011

Pra não perder o costume

Esquecer, esqueço não. Mas passou. Hoje os ventos que sopram por aqui são outros. Mais calmos, mais seguros. Nada de árvores caindo, sem telhados sendo arrancados fora, nem ondas gigantes. Na minha vida agora a vibe é zen. Mas sempre depois de uma tempestade ficam as marcas do temporal e, muitas delas, se fazem eternas. No começo o estrago pode até parecer grande demais e só dá pra ver os prejuízos. Depois, quando o tempo se acalma, a gente percebe que o mais importante ainda está conosco: a vida e a força que vem dela pra seguir em frente, recomeçar. Passados mais uns dias, a gente nem se dá conta, mas a ventania que causou perturbações outrora, serviu pra espalhar sementes que florecem por todos os lados, como um milagre. Enchendo a vida de cores, flores, de verde, esperança. Mas, dizem que "depois da tempestade, vem a bonanza". Pois é, aqui estou. Não sinto falta do tempo ruim, nem da bagunça que ele causou na minha vida, mas lembro com carinho de como eram as coisas antes de tudo acontecer. Sei que nada mais será como antes e não poderia ser. Sei que é mesmo melhor que seja assim. Fica a saudade e o sentimento, mais amenos, como os ventos de agora. Não quero mais saber de tempestade, ventania, mar agitado. Quero curtir a paz do vento leve, da chuva fina, da água doce sem ondas de um rio. Do meu menino do rio.



"Pra ser sincero, ela tem uma parte de mim. É dela e ponto."

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