domingo, 27 de dezembro de 2009

Foi bom

Eram ondas
cheias de
saudades!


[João Pessoa-PB]

sábado, 26 de dezembro de 2009

Recaída

Tive dias mais tranquilos, sem devaneios românticos e ataques excessivos de carência. Mas as coisas mudaram de novo, de um jeito sereno e nostáugico. Acho que o mar mexeu comigo, exibindo-se junto com os casais caminhando na areia. Senti inveja das mãos dadas, da troca de olhares cúmplices, dos sorrisos apaixonados. Lembrei que já tive o mar sempre por perto e alguém que não exitaria em me olhar de forma cúmplice de mãos dadas na areia. Mas não era com ele que eu queria caminhar. Ele dizia que me amava. Então, senti falta daquele com quem eu nunca pude dividir um dia de sol no litoral mas que fazia o sertão parecer o paraíso. Era com ele que eu queria seguir por todas as estradas da vida. Eu dizia que o amava. Mas quando um não quer, dois não podem seguir juntos buscando um mesmo destino. Quando eu quis, não deu pra ele. Quando me quiseram, fui eu quem disse não. Coisas do amor... (??) O mar e os meus sentimentos, tanto em comum. No vai e vem das ondas, um indo e vindo de recordações.

quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Conclusão

Uma coisa acontece uma vez. Normal, afinal, pra tudo há uma primeira vez. A mesma coisa acontece duas vezes. Coincidência, afinal, elas existem. Só que essa bendita coisa insiste em acontecer uma terceira vez. Agora é o que?? Sina?? Eu não acredito nisso. E sina começa com "S" e não com "C". Eis o problema. Eu poderia muito bem ser Carol , mas a vida quis que eu fosse Karol com "K". Mas a questão não é essa, não é o meu nome, nem a ausência do "C". Tô falando do nome e do "C" de outras pessoas. Três histórias, três sentimentos, três sofrimentos. Em comum o nome iniciado por essa bendita letrinha e a dor que me causaram. Só que eu Cansei (com um "C" bem grande). Já deu pra mim. Chega de carência, de confusão, de conflitos. Sem palavras e sem pessoas com "C". Até pq, ainda restam-me as outras 25 letras do alfabeto.

domingo, 20 de dezembro de 2009

terça-feira, 15 de dezembro de 2009

Mais um corte de cabelo

"Não é que vivo em eterna mutação, com novas adaptações a meu renovado viver e nunca chego ao fim de cada um dos modos de existir. Vivo de esboços não acabados e vacilantes. Mas equilibro-me como posso, entre mim e eu, entre mim e os homens, entre mim e o Deus."



[Clarice Lispector]

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Cada um com seus "pôbrema"

Eu tinha pensado em escrever um post bem malvado. Regando com muito sarcasmo o meu prato frio de vingança. Mas vingança pode ser indigesta e sarcasmo não é um dos meus temperos favoritos. Prefiro uma bela porção de justiça com cobertura de ironia da vida. "Aqui se faz, aqui se paga" - num tem ditado mais certo. Botou, levou! Sinto uma leve pontinha de satisfação em sabê-lo. E é isso, só isso.
Tô bem, fico bem, sou do bem! Ainda é só uma sensação...

domingo, 13 de dezembro de 2009

Vibe positiva

Engraçado, depois de muito tempo, hoje eu senti diferente. É, diferente. Assim, veio do nada. Uma sensação boa, como se tivesse pra acontecer algo diferente. Pressentimento? Não. Prefiro chamar de otimismo. Acho que já tá na hora de sair dessa fase, de fazer alguma coisa pra sair dela. Ando dormindo mal, tendo sonhos ruins. Até meu descanso anda refletindo minha atitude para com tudo e com todos. Chega de tristeza, textos cheios de lamentos e desespero. Chega de música lenta e de filmes de drama. Vou tentar conservar essa sensação. Tudo vai ficar bem, vai melhorar. Sei lá como, sei lá pq. Só sinto assim. Mesmo que não seja nada, mesmo que coisa nenhuma aconteça. Ou melhor, acho que já aconteceu.

sábado, 12 de dezembro de 2009

4 anos

"Perdi alguma coisa que me era essencial, e que já não me é mais. Não me é necessária, assim como se eu tivesse perdido uma terceira perna que até então me impossibilitava de andar, mas que fazia de mim um tripé estável. Essa terceira perna eu perdi. E voltei a ser uma pessoa que nunca fui. Voltei a ter o que nunca tive: apenas as duas pernas. Sei que somente com as duas pernas é que posso caminhar. Mas a ausência inútil da terceira me faz falta e me assusta, era ela que fazia de mim uma coisa encontrável por mim mesma, e sem sequer precisar me procurar..."

[Clarice Lispector]

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

Monólogo

Ando falando sozinha. Na verdade, prefiro dizer que ando conversando muito comigo. Não é por falta de ouvintes, ultimamente, tem sempre alguém por perto. Talvez seja ainda um resíduo do "morar sozinha". Ou não. Acredito mesmo estar tentando me entender comigo. Me sinto uma trindade. E é uma luta ser três em um; quem sou, quem quero ser e quem devo ser. Disputando o mesmo espaço, enlouquecendo a mesma mente. Buscando uma harmonia cada dia mais impossível de ser alcançada. Tô cansando. Nessa briga entre os meus "eus" ando deixando de lado todo o resto. Não sinto mais, não falo, não faço. Deixei de ser quem sempre fui pra tentar ser eu. Eu quem? Eu como? Eu onde? E lá vamos nós três de novo. No dia em que eu conseguir me entender comigo, talvez o resto do mundo faça mais sentido pra mim.

quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

De volta!

Desde que aprendi a juntar as letras gosto de escrever. Antes disso, descobri as letras escritas por outros e me apaixonei pela leitura. Lia tudo a minha volta, juntava todas as letrinhas a mim apresentadas. Era uma emoção tão emocionante! Achava aquilo o máximo dos máximos. Era como ter poder, o poder de saber. Tudo parecia me dizer alguma coisa, tava tudo ali escrito, legendado pra mim.

Muitas vezes me encontrava nas palavras dos outros. É fascinante como existem pessoas que conseguem traduzir tão bem o que eu sinto mesmo não sendo eu. Foi me lendo em textos alheios que eu comecei a tentar produzir o "eu" por "eu mesma". Se outros conseguem me descrever com suas palavras, pq eu também não fazê-lo com palavras minhas? É fato que nem sempre me saiu tão bem. Talvez por isso parei, não me legendo já tem um tempo.

Mas ainda vejo muito de mim nas palavras escritas por outros. Por quem me conhece ou não. Bela ou Clarisse Lispector. Em forma de letra ou música. Eu - por Florbela Espanca - ou Eu só quero um xodó - por Elba Ramalho. Seja como for, a minha vida é sempre escrita, cantada ou contada por alguém. Ando lendo e ouvindo muito, ultimamente, me fez falta o escrevendo.

Volto hoje a tentar traduzir meus sentimentos em palavras aqui [atendendo um pedido]. E quando não conseguir encontrar em mim a inspiração, me sinto no direito de usar o que de mim achar por aí. Comprometendo-me a citar, sempre que possível, o autor.

Eis a legenda.